Total de visualizações de página

quinta-feira, 30 de junho de 2011

MP quer prisão de outro prefeito

Prefeito de Ibaretama foi um dos que participou de reunião ontem entre a Aprece e o MP (IANA SOARES) Prefeito de Ibaretama foi um dos que participou de reunião ontem entre a Aprece e o MP (IANA SOARES)
Mais um capítulo na ação desencadeada pelo Ministério Público Estadual no combate a possíveis fraudes em licitações nas prefeituras cearenses. Como parte da conclusão das investigações oriundas da operação “Inselberg”, o Ministério Público denunciou 20 pessoas e requereu ao Tribunal de Justiça a decretação da prisão do prefeito de Ibaretama, Francisco Edson de Moraes, e mais oito pessoas, sendo quatro empresários e quatro funcionários da prefeitura daquele município. Além dos pedidos de prisão, foi requerido ainda o afastamento dos cargos ocupados pelos funcionários públicos municipais.

Com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público no caso Ibaretama, fica caracterizada uma terceira frente de investigação do órgão no combate a possíveis fraudes em licitações municipais no estado. A primeira frente seria supostamente comandada pelo empresário Raimundo Morais Filho, o Moraisinho. Já na quarta-feira surgiu outro suposto esquema, tendo à frente o ex-prefeito de Tianguá, Gilberto Moita, que se encontra sob escolta policial em hospital de Santana do Acaraú.

A Inselberg foi realizada pela Polícia Federal no dia 31 de maio. Na ocasião foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e efetuadas quatro prisões, tendo sido presos dois vereadores do município, o secretário de Obras municipal e um ex-prefeito de Reriutaba. De acordo com o procurador Benon linhares, da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), as irregularidades seriam relacionadas a fraudes em licitações para a aquisição de transporte escolar e locações em geral, principalmente veículos.

Para o advogado Leandro Vasques, que defende o prefeito de Ibaretama, o pedido de prisão causa estranheza, tendo em vista, diz ele, que o prefeito tem procurado colaborar com as investigações. Vasques ressalta que no dia 31 de maio o prefeito se ofereceu para depor e seis dias depois foi ouvido. “Não vejo sentido em requerer a prisão de uma pessoa que tem procurado colaborar”, afirma. Vasques diz ainda que está encaminhando ao TJ petição com vistas a não ser acatado o pedido. “Interpreto com estranheza essa providencia do Ministério Público”, diz.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O caso Ibaretama revela mais uma frente de investigação de possíveis irregularidades na condução dos processos de licitações municipais no Ceará. Antes já haviam sido revelados os esquemas de Moraisinho e de um grupo de Tianguá.

RELAÇÃO DAS PESSOAS QUE O MP QUER A PRISÃO PREVENTIVA

Prefeitura
Francisco Edson de Moraes (prefeito), Raimundo Rodrigues Filho,
Francisco Júnior de Queiroz da Silva, Armando Gomes de Oliveira
Roberto Roque Pires (engenheiro fiscal), respectivamente
secretários de governo e engenheiros municipais;

Empresários
Amália Lopes de Sousa, Almir Pereira de Sousa,
Almir Pereira de Sousa Júnior e José Adécio Bezerra.

O POVO tentou contato com os funcionários municipais no final da tarde de ontem por vários telefones da prefeitura, mas eles não foram atendidos. Já com relação aos empresários, o advogado George Ponte, que defendeu Amália Lopes, informou que não mais advogada para ela e nem sabia que seria o atual advogado. Com relação aos demais não foi possível localizar os seus respectivos telefones de contato.

Luiz Henrique Campos

Nenhum comentário:

Postar um comentário