Os professores do município reivindicam o cumprimento da lei nacional que fixou o piso do magistério, determinado pelo Ministério da Educação (MEC) e reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em R$ 1.187. Contudo, a categoria quer a implantação do piso com o reajuste anual, o que eleva o salário base para R$ 1.450.
A queda de braço entre a Prefeitura de Fortaleza e os professores em greve se agravou quando a prefeita Luizianne Lins (PT) enviou uma mensagem a Câmara Municipal com um piso de R$ 1.187 para a categoria. O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Acrísio Sena (PT), junto com outros vereadores, apresentou uma emenda substitutiva com novos ganhos para os professores. A matéria seria votada na sessão desta terça-feira, mas os professores insatisfetos impediram a entrada dos vereadores e a votação não aconteceu.
Leia também:
Apenas 12 parlamentares conseguiram entrar no plenário e registrar presença. O número foi suficiente para abrir a sessão plenária, às 11 horas, mas não para iniciar a ordem do dia e votar as matérias em pauta. O legislativo municipal tem 40 vereadores e precisa de, pelo menos, 21 para realizar votação. “Nós não podemos nos submeter ao sindicato dos professores”, reclamou o presidente do Legislativo, Acrísio Sena, reiterando que a mensagem do executivo ainda será apreciada. O líder da prefeita, vereador Ronivaldo Maia (PT), avisou que a mensagem não será retirada.
A confusão começou por volta das 9 horas quando os professores em greve tentaram entrar no plenário para acompanhar a sessão, mas foram impedidos pela Guarda Municipal, sob alegação de que não havia mais espaço nas galerias. Contrariados, os manifestantes resolveram barrar a entrada dos vereadores. No tumulto, os guardas espirraram em alguns professores o spray de pimenta. Os professores responderam jogando pedras. Alguns chegaram a passar mal e precisaram de atendimento médico.
A greve dos professores da rede municipal de Fortaleza já dura mais de um mês e os 230 mil alunos matriculados nas 420 escolas da rede municipal de Fortaleza ainda não tiveram aulas do ano letivo de 2011. A paralisação teve início no fim de abril, quando terminou o calendário escolar de 2010.
Na última segunda-feira (6), a prefeita Luizianne Lins fez um apelo para que os professores encerrem a greve e deu a entender que a administração municipal não irá atender às reivindicações da categoria, por não dispor de recursos suficientes. “A gente espera avançar na negociação, mas também garantindo que não estamos fora da lei e isso que está sendo colocado na Câmara, no projeto de lei, ele resolve definitivamente esse problema”, declarou.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ce/professores+fecham+entrada+da+camara+municipal+de+fortaleza/n1597012942227.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário