por Leonardo Boff
05/06/2011
Recebi do amigo, economista, ecologista e analista político Marcos Arruda este texto que passo adiante, pois aprofunda o tema que abordei a propósito de Strauss-Kahn. LB
À reflexão do mano Leonardo Boff acrescento:
O Capital, encarnado no megacorporativismo, não teve vergonha de (1) provocar a crise, que era necessária para enxugar os quatrilhões de dólares sem lastro em riquezas materiais que estavam circulando nos mercados de capitais do mundo; (2) tomar os fundos públicos durante a crise para ‘salvar’ os bancos e financeiras responsáveis pela crise; (3) levar os Estados do hemisfério Norte a endividar-se com estes mesmos bancos e cair na semi-falência, transferindo assim a imensa riqueza gerada pelo trabalho social para os piratas e gangsters do século 21, os magnatas das finanças. Hoje o Estado dos EUA têm uma dívida pública de US$ 14 trilhões, o equivalente ao seu PIB de 2010 segundo o Banco Mundial. Vários países da Europa têm dívida pública superior ao seu PIB! A doença do endividamento, que foi endêmica no hemisfério Sul desde 1982, é hoje uma pandemia. Os organismos virulentos que se alimentam dela são os megabancos e aqueles que especulam através deles.
O FMI e o Banco Mundial são os organismos de GOVERNANÇA GLOBAL que regem esta orquestra macabra.
E os governos nacionais são os comparsas do Cassino da Globalização do Capital.
Vejam como Lula e seu governo geriram o Orçamento da União no seu último ano de governo. Lá estão as prioridades reais que guiam os governos brasileiros. O Bonner, há dias, encheu a boca no Jornal Nacional para anunciar que até maio de 2011, o governo já havia “economizado” mais da metade do valor total prometido ao FMI como superávit primário – o dinheiro destinado ao pagamento dos cerca de 20 mil credores da dívida pública brasileira – para todo o ano de 2011. “Economizado” quer dizer, deixado de investir na saúde, educação, saneamento, previdência, segurança, gestão ambiental, reforma agrária,
O escândalo Strauss-Kahn reflete o escândalo do endividamento-expoliação-enriquecimento – o “estupro econômico” qualificado por Leonardo – contra os povos.
Seus resultados no mundo e no Brasil:
•2011: 1240 bilionários no mundo, 214 mais do que em 2010.
•BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China: mais da metade dos novos bilionários. Países sem pobreza?…
•Brasil: bilionários eram 18 (2010) e passaram a ser 30 (2011)! Neste mesmo país, os miseráveis, segundo o IBGE, chegam a 16,2 milhões (ganham até R$ 56 por mês, ou 1/10 do salário mínimo)!
•Riqueza dos 30 bilionários brasileiros = US$ 131,4 bilhões! Equivale a 243 milhões de salários mínimos…
O SISTEMA DO CAPITAL GLOBALIZADO é uma grande máquina de concentrar riqueza e esmagar seres humanos e toda forma de vida.
http://leonardoboff.wordpress.com/
À reflexão do mano Leonardo Boff acrescento:
O Capital, encarnado no megacorporativismo, não teve vergonha de (1) provocar a crise, que era necessária para enxugar os quatrilhões de dólares sem lastro em riquezas materiais que estavam circulando nos mercados de capitais do mundo; (2) tomar os fundos públicos durante a crise para ‘salvar’ os bancos e financeiras responsáveis pela crise; (3) levar os Estados do hemisfério Norte a endividar-se com estes mesmos bancos e cair na semi-falência, transferindo assim a imensa riqueza gerada pelo trabalho social para os piratas e gangsters do século 21, os magnatas das finanças. Hoje o Estado dos EUA têm uma dívida pública de US$ 14 trilhões, o equivalente ao seu PIB de 2010 segundo o Banco Mundial. Vários países da Europa têm dívida pública superior ao seu PIB! A doença do endividamento, que foi endêmica no hemisfério Sul desde 1982, é hoje uma pandemia. Os organismos virulentos que se alimentam dela são os megabancos e aqueles que especulam através deles.
O FMI e o Banco Mundial são os organismos de GOVERNANÇA GLOBAL que regem esta orquestra macabra.
E os governos nacionais são os comparsas do Cassino da Globalização do Capital.
Vejam como Lula e seu governo geriram o Orçamento da União no seu último ano de governo. Lá estão as prioridades reais que guiam os governos brasileiros. O Bonner, há dias, encheu a boca no Jornal Nacional para anunciar que até maio de 2011, o governo já havia “economizado” mais da metade do valor total prometido ao FMI como superávit primário – o dinheiro destinado ao pagamento dos cerca de 20 mil credores da dívida pública brasileira – para todo o ano de 2011. “Economizado” quer dizer, deixado de investir na saúde, educação, saneamento, previdência, segurança, gestão ambiental, reforma agrária,
O escândalo Strauss-Kahn reflete o escândalo do endividamento-expoliação-enriquecimento – o “estupro econômico” qualificado por Leonardo – contra os povos.
Seus resultados no mundo e no Brasil:
•2011: 1240 bilionários no mundo, 214 mais do que em 2010.
•BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China: mais da metade dos novos bilionários. Países sem pobreza?…
•Brasil: bilionários eram 18 (2010) e passaram a ser 30 (2011)! Neste mesmo país, os miseráveis, segundo o IBGE, chegam a 16,2 milhões (ganham até R$ 56 por mês, ou 1/10 do salário mínimo)!
•Riqueza dos 30 bilionários brasileiros = US$ 131,4 bilhões! Equivale a 243 milhões de salários mínimos…
O SISTEMA DO CAPITAL GLOBALIZADO é uma grande máquina de concentrar riqueza e esmagar seres humanos e toda forma de vida.
http://leonardoboff.wordpress.com/
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