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terça-feira, 17 de maio de 2011

Dilma quer governo com eficiência de empresa


A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (16) que quer imprimir ao seu governo “eficiência máxima”, com controle dos gastos públicos, equilíbrio fiscal e pleno atendimento ao cidadão. Em seu programa semanal de rádio, Dilma afirmou que a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, criada por meio de decreto assinado na semana passada, tem como objetivo ajudar o governo a instituir mecanismos para tornar o Brasil mais competitivo no mercado mundial e mais eficaz no atendimento ao cidadão. Segundo ela, a ideia é levar o modelo de gestão empresarial para o Executivo.

“É um grupo de pessoas que vai me ajudar, ajudar o governo a trabalhar melhor. Esta câmara vai estudar as ações e os procedimentos da administração pública e nos orientar no uso mais inteligente do dinheiro, que vem do cidadão através dos impostos. Queremos economizar e, ao mesmo tempo, oferecer serviços cada vez melhores ao cidadão. Estamos procurando soluções para melhorar o funcionamento das escolas, dos hospitais para construir estradas mais baratas e melhores, e para evitar desperdícios”, explicou a presidenta. “Adotamos a filosofia de fazer mais, melhor e gastando menos”, acrescentou.
Leia a íntegra do Café com a Presidenta:
“Apresentador: Presidenta, semana passada a senhora anunciou uma parceria do governo com a iniciativa privada para melhorar a qualidade do serviço público federal. A senhora está querendo levar para o governo o modelo de gestão empresarial?
Presidenta: É, verdade, Luciano! Nós queremos que o governo funcione com eficiência máxima. Para isso, criamos a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade. Vou explicar o que é isso, Luciano. É um grupo de pessoas que vai me ajudar, ajudar o governo a trabalhar melhor. Esta câmara vai estudar as ações e os procedimentos da administração pública e nos orientar no uso mais inteligente do dinheiro, que vem do cidadão através dos impostos. Queremos economizar e, ao mesmo tempo, oferecer serviços cada vez melhores ao cidadão. Estamos procurando soluções para melhorar o funcionamento das escolas, dos hospitais para construir estradas mais baratas e melhores, e para evitar desperdícios. Para isso, Luciano, vamos contar com a ajuda de gente que tem muita experiência nesse assunto.
Apresentador: Aí também entra o relacionamento do governo com as empresas?
Presidenta: Entra sim. Porque outro objetivo desse grupo é ajudar o governo a criar instrumentos para tornar o Brasil mais competitivo no mercado mundial. Uma das coisas que vamos fazer é um estudo para estimular as exportações. Por exemplo, essa câmara vai buscar meios para reduzir a burocracia que as empresas enfrentam no comércio com outros países; também vai estudar maneiras de facilitar abertura de novas empresas aqui no Brasil, para criar mais emprego, Luciano. Nós queremos, na verdade, simplificar a vida de quem produz e gera riquezas, porque tudo isso vai ajudar o Brasil a continuar crescendo.
Apresentador: Entendo. A câmara vai dar um impulso, tanto para o governo quanto para as empresas?
Presidenta: É por aí, sim, Luciano. Governo e empresas vão pensar juntos e criar boas práticas de administração. É por isso que a câmara reúne representantes do setor público e da iniciativa privada: profissionais das grandes empresas, reconhecidos pelo sucesso no que fazem ou fizeram. Eles entendem muito de gestão de negócios, sabem administrar denúncia, coordenar pessoas e atender bem aos seus clientes. É exatamente isso, Luciano, que queremos fazer no serviço público. Nós prestamos serviços a 190 milhões de brasileiros, que merecem ser bem tratados.
Apresentador: E já temos exemplos de que isso é possível, não é, presidenta?
Presidenta: Temos vários exemplos de excelência no serviço público. Vou começar por um exemplo do governo Lula, quando demos verdadeiros saltos de qualidade de atendimento ao cidadão. Quer ver um? Você se lembra como era difícil conseguir atendimento da Previdência Social?
Apresentador: Lembro sim, presidenta. As antigas filas do INSS obrigavam as pessoas, muitas até doentes, a passar a noite em claro, em pé na fila em busca de atendimento.
Presidenta: Esse tipo de fila ficou no passado. Hoje, ninguém precisa dormir ao relento para ser atendido na Previdência. Hoje, o segurado da Previdência é atendido com respeito. Além de ser bom para a população, nós pagamos menos por ele, a população paga menos por ele.
Apresentador: Isso é incrível, não é, presidenta? O bom atendimento custa mais barato.
Presidenta: Exatamente. Adotamos a filosofia de fazer mais, melhor e gastando menos. Um exemplo: na semana passada, o Ministério do Planejamento fechou um contrato de serviços de telefonia para atender, em conjunto, 30 órgãos do governo federal. Antes, cada um fazia o seu contrato e, no final, a conta de telefone do governo era muito maior. Outro exemplo: o Ministério da Saúde gasta, por ano, cerca de R$ 6 bilhões com remédios. Nós percebemos que centralizando as compras e comprando pelo pregão eletrônico, vamos conseguir preços menores. E vamos fazer isso, Luciano, para continuar fornecendo remédios de graça para a população. Nós estamos fazendo no governo aquilo que as donas de casa fazem no dia a dia – estamos simplificando, organizando e procurando as maneiras mais baratas de fazer as coisas, e sempre bem feitas.
Apresentador: E quem ganha é o cidadão brasileiro.
Presidenta: Ah, é sim, Luciano! A boa gestão do dinheiro público resulta em benefícios para mais pessoas, no aumento de oportunidades e na melhoria de vida para a população. Eu não me canso de dizer, Luciano, um país rico é um país sem pobreza e é um país com oportunidades para todos. E agora temos um reforço, temos a colaboração da iniciativa privada na construção desse Brasil eficiente, comprometido com a qualidade.
Apresentador: A gente fica por aqui. Obrigado, presidenta, e até a próxima semana!
Presidenta: Obrigada a você, Luciano. E tchau para todos os nossos ouvintes!”
Congresso em Foco

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