Total de visualizações de página

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Educação: a chave para crescer


Airton de Almeida Oliveira - Presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Ceará e membro da Federação Nacional das Escolas Particulares

Em 2010, o Brasil cresceu cerca de 7,5%, um resultado que nos coloca entre as primeiras nações do mundo que mais crescem. O País está muito próximo de integrar-se ao grupo de elite com economias mais avançadas do planeta. Mas, apesar do bom momento, se a educação nacional não der a resposta global, no médio prazo, poderemos perder a oportunidade e deixar o cavalo passar encilhado.



A sociedade brasileira possui duas redes de ensino que podem dar essa resposta. Mas precisa ser agora! Cada uma enfrenta dificuldades próprias. Tanto a pública como a da livre iniciativa. O primeiro passo é popularizar o acesso nas micros e pequenas escolas de educação básica. Quem aí estuda, na maioria, vem de famílias isentas de Imposto de Renda. Então, mais que justo excluir toda carga tributária nos produtos de sua mochila escolar. A começar pelo maior peso, o carnê do aluno.

Impossível pensar que ainda teimamos cobrar imposto de quem precisa estudar. A fatia arrecadada nesse setor em relação ao montante é insignificante, mas dramático para quem se sacrifica a pagá-lo.

Até 2050 temos a importante tarefa a cumprir de ficarmos ricos antes de a população envelhecer. Hoje corremos um grande risco: encontrar um país de velhos e miseravelmente dependentes. Os sistemas previdenciário e securitário, certamente, não os suportarão. Para driblar essa ameaça é preciso contar com um sistema de educação consistente.

A Índia, com muito mais dificuldades que o Brasil, tem crescido bem mais que nós. A China percebeu a necessidade de melhorar sua educação para continuar a crescer e ficar rica. Então desafogou a mochila escolar, criou linha de crédito para todo o sistema educacional, permitiu o acesso em todos os níveis de ensino e aconteceu uma natural valorização do capital humano. O país ganhou.

Nos 5.565 municípios do Brasil, incrível dizer, a maior fatia do orçamento se aloca na educação. Mas, com boa parte do dinheiro público mal aproveitado, os resultados em sala de aula são pífios, a evasão escolar continua em alta, convive-se com uma infraestrutura precária.

Não é a toa que no Pisa (exames internacionais com a participação de alunos brasileiros com 15 anos de idade) somos os últimos. Isso precisa ser mudado. A sociedade poderá se manifestar e contribuir com essa valorização da educação.

Com uma educação que funciona bem estaremos diante de uma população com um requintado estilo de civilidade. Mais consciente, portanto, mais cidadã. No momento há uma janela aberta. Mas só entra quem cumprir uma clara exigência. A qualificação do seu povo e a ampliação da base educacional.

Aproveitando a passagem do 28 de abril, Dia Mundial da Educação, pensemos nisso. Zero de imposto na mochila escolar para quem precisa continuar estudando e melhor aproveitamento para o dinheiro destinado à educação nacional.
Tags | | 

Nenhum comentário:

Postar um comentário