O deputado Ciro Gomes (PSB-SP) não integrará o governo Dilma Rousseff e a cota de poder de seu partido, o PSB, foi fixada em apenas dois ministérios - Integração Nacional e a nova pasta de Portos e Aeroportos -, e não mais em três pastas, como pedira a cúpula da legenda, que apoiou a presidente eleita na campanha eleitoral deste ano.
“O Ciro sempre registra que gosta muito da Dilma, que está torcendo por ela e estará às ordens para contribuir, mas que, por ora, não deverá assumir um ministério”, disse ontem ao jornal O Estado de S. Paulo o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB). O irmão de Ciro reuniu-se em Brasília com Dilma e com o futuro ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (PT).
O governador não quis dar detalhes da conversa, mas um dos dirigentes do PSB que também participou da reunião com Dilma e Palocci revelou o motivo da desistência de Ciro. Na origem, a percepção de “rebaixamento” político. “Ele aceitaria o desafio da Saúde, mas, como essa pasta já está compromissada, Ciro não quis voltar para a Integração Nacional.”
Equilíbrio nos ministérios
Ciro comandou a Integração Nacional no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste ano, foi convencido pelo próprio presidente a desistir de concorrer à Presidência em prol de Dilma. Em troca, cacifou-se para ocupar um ministério do novo governo.
A reunião da cúpula do PSB com a presidente eleita durou cerca de uma hora e meia. Dilma deixou claro que a Saúde já estava “comprometida” com o petista Alexandre Padilha e não havia condição política de aumentar a fatia do PSB no governo.
Alegou que era necessário haver “um equilíbrio” na representação dos partidos aliados na Esplanada dos Ministérios e lembrou também que precisava de mais espaço para acomodar os pleitos do próprio PT. No entanto, o PSB ainda pode levar a eventual pasta da Pequena e Microempresa, que Dilma quer criar.
Agência Estado
Diário do Nordeste
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