O sindicato APEOC, que representa a categoria, cobra que a Lei Nacional do Piso Salarial repercuta em toda a carreira do magistério, em todos os níveis salariais. Mas a proposta apresentada pelo governador Cid Gomes prevê um sistema de readequação do Plano de Carreira dos Professores à Lei do Piso.
A proposta foi apresentada na última quinta-feira (28) e não agradou aos professores. Sem alternativa, diante do impasse na negociação com o governo, o indicativo de greve geral por tempo indeterminado ganhou força.
Resultado: o movimento de greve foi deflagrado na tarde desta segunda-feira e segundo os professores, deve permanecer até que o governador Cid Gomes acate as reivindicações da categoria no cumprimento da Lei Federal.
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A palavra de Cid
Na noite da última quinta-feira (28), o governador Cid Gomes esteve reunido com representantes dos professores para apresentação uma proposta para a categoria. Segundo o governo, a proposta feita em conjunto pela Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Secretaria da Educação (Seduc) e Secretaria da Fazenda (Sefaz) elevaria em 45% a remuneração (base+regência) do professor em início de carreira com nível superior, em relação a 2010, passando de R$ 1.461,50 para R$ 2.000,00.
Já para os professores temporários, a proposta de Cid Gomes combinada à lei que recentemente equiparou a remuneração ao nível 13, representará um incremento de até 60%. O governo defende que com esta medida, o Ceará saltaria do 23º para 15º maior salário entre os Estados do Brasil. A lei será enviada à Assembleia no início de agosto com a volta dos trabalhos legislativos.
Lei que deturpa Lei
Do outro lado, os professores afirmaram que mesmo após uma “longa negociação” entre Sindicato Apeoc e Governador Cid Gomes, o projeto de Lei que será enviado para votação na Assembleia “destrói qualquer perspectiva de carreira para os professores e deturpa a Lei Nacional do Piso do Magistério”.
Hora Atividade
Além da questão salarial, a Lei Nacional do Piso estabelece outros direitos aos educadores como 30% da carga horária para o planejamento das aulas. O estado contesta a determinação e aguarda pronunciamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto.
Por enquanto, os professores da rede pública estadual tem direito a apenas 20% e segundo o governador não existe previsão de mudanças.
“Não estamos cogitando em alterar aquilo que é lei estadual, que é 20% da carga horária dos professores reservadas ao planejamento”, disse Cid Gomes durante entrevista no dia
http://www.jangadeiroonline.com.br/ceara/professores-estaduais-decidem-entrar-em-greve/
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