Fonte: O POVO Online/OPOVO/Brasil
Apesar de o combate ao analfabetismo no País ser um exemplo, há muitas crianças fora da escola e 14 milhões de pessoas sem saber ler
O Brasil manteve a mesma posição do ano passado e ficou no 88º lugar, entre um total de 127 países de todo o mundo, no ranking do ensino, de acordo com o Relatório de Monitoramento Global, preparado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Com isso, o País fica entre as nações consideradas de nível médio de desenvolvimento na área, atrás de vizinhos sul-americanos como Argentina, Chile e até mesmo Equador e Bolívia.
A classificação foi feita a partir de índice criado para medir o desempenho das nações em relação a metas de qualidade para 2015 estabelecidas na Conferência Mundial de Educação de Dacar, em 2000.
Dos países analisados, o sul-americano mais bem colocado é o Uruguai, que fica em 36º lugar, seguido da Argentina, 38ª colocada.
No sub-continente, a pior colocação é do Suriname, em 92º lugar, único da América do Sul em posição pior que a do Brasil.
O primeiro lugar da lista é o Japão, seguindo por Reino Unido, Noruega e o surpreendente Casaquistão, que aparece logo à frente de França e Itália e Suíça.
Entre os objetivos a serem atingidos estão ampliar a educação infantil, universalizar o ensino primário, combater as desigualdades de gênero na área e melhorar a qualidade.
O Relatório de Monitoramento Global, lançado ontem, em Nova York, na Organização das Nações Unidas (ONU), mostra como cada nação está se saindo em relação a esses objetivos.
O programa de combate ao analfabetismo no Brasil é apontado como um exemplo, embora o País tenha cerca de 14 milhões de pessoas sem saber ler e escrever.
Os dados mostram que o governo brasileiro entrar entre os que mais aumentaram seus investimentos em educação.
O documento mostra que o Brasil ainda tem muitas crianças fora da escola e que essa quantidade pode subir se a inclusão não for acelerada.
Conflitos armados
O documento da Unesco trata ainda de conflitos armados e revela que retiram 28 milhões de crianças das salas de aula.A situação é agravada porque 21 países gastam mais com a área militar do que com o ensino primário.
O texto defende também uma maior ajuda das nações desenvolvidas para combater o problema. (das agências de notícias)
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A educação é o desafio maior das políticas públicas no Brasil. Desde a década de 1990, houve fortes investimentos para a universalização da educação básica. Mas os professores ainda são mal remunerados e a qualidade das escolas públicas deixa muito a desejar.
RANKING DA EDUCAÇÃO
Na América do Sul
PAÍS POSIÇÃOUruguai 36º
Argentina 38ª
Chile 49º
Colômbia 71ª
Peru 72º
Venezuela 74ª
Paraguai 77º
Bolívia 78ª
Equador 80º
Brasil 88º
Suriname 92º
No mundo
Japão 1º
Reino Unido 2º
Noruega 3ª
Casaquistão 4º
França 5ª
Itália 6ª
Suíça 7ª
Croácia 8ª
Holanda 9ª
Eslovênia 10ª
O que entra no cálculo
Matrículas no ensino primário
Taxa de analfabetismo
Igualdade de gênero na educação
Taxa de alunos que chegam ao 5º ano
Nenhum comentário:
Postar um comentário